O mundo está mudando rapidamente: mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e aumento significativo da população são algumas das condições em que teremos que nos adaptar em um futuro não muito distante.
E nesse cenário de transformação, cada vez mais a vida de negócios, e até de pessoas, dependerá de respostas rápidas e precisas diante de eventos não planejados. E a única forma de conseguirmos tomar decisões que tratem de forma ótima os efeitos indesejados desses eventos, é a partir de análise minuciosa dos dados relacionados aos seus comportamentos.
Por exemplo: seria mais fácil prever a erupção de um vulcão, ou um princípio de infarto, se pudéssemos monitorar e analisar, automaticamente e em tempo real, dados referentes a comportamentos de funcionamento das “coisas” susceptíveis a esses eventos (nesse caso, o vulcão e o coração). Tal análise poderia identificar padrões comportamentais que poderiam desencadear estes eventos indesejados, possibilitando a tomada de ação rápida quando estes padrões fossem detectados, como emissão automática de alarme para evacuação da população próxima a um vulcão prestes a entrar em erupção.
Com foco nessa agilidade em se obter e analisar informações para tomadas de decisões rápidas e precisas, gigantes de vários setores do mercado e instituições de pesquisa públicas e privadas de todo o mundo têm dispendido um enorme esforço nos últimos anos para a criação de um ambiente que viabilize a monitoração e análise dessas “coisas” em tempo real. A premissa básica desta iniciativa é conectar coisas a um meio de comunicação de abrangência global, onde seja possível a transferência e análise de dados advindos destas “coisas”, bem como para estas “coisas”, em qualquer lugar, a qualquer momento.
A esta iniciativa, dá-se o nome de Internet das Coisas ou IoT (Internet of Things).
Na verdade, a Internet das Coisas é o instrumento principal de alavancagem de uma das cinco megatendências (“Avanços Tecnológicos”) que transformarão o mundo nos próximos anos, e atuará de forma significativa nos desafios que nos serão impostos pelas outras quatro megatendências (“Envelhecimento e aumento populacional”, “Deslocamento da população para centros urbanos”, “Mudanças climáticas e escassez de recursos” e “Deslocamento do poder econômico”. Fonte: PwC, IPEA).
Especialistas estimam que tecnologias voltadas para a implantação de projetos de Internet das Coisas movimentarão cerca 15 trilhões de dólares até 2025 (Fonte: Business Insider), nos mais diversos setores do mercado. E o reflexo disso será uma mudança profunda na forma como interagiremos com as coisas, e quando digo coisas, me refiro ao sentido mais amplo da palavra! Mudaremos a forma como:
- Nos relacionamos;
- Monitoramos nossa casa;
- Fazemos compras;
- Monitoramos nossa saúde;
- Estudamos, etc;
E esse vislumbre de grande mudança, causado pelo advento da Internet das Coisas, com certeza gerará oportunidades (e também ameaças) para todos os tipos de negócios, de pequenos à grandes, em setores de tecnologia até setores de decoração.
Sendo assim, independentemente do que se possa pensar a respeito desta invasão tecnológica que presenciaremos nos próximos anos, uma coisa é certa: ela virá. E é bom estarmos preparado para isso.
No momento, a Internet das Coisas ainda é um conceito, um bebê aprendendo a engatinhar. Mas seu crescimento será rápido, a base de doses cavalares de vitaminas de investimento ministradas pelos seus poderosos padrinhos.